Empresa de criptomoedas prometia rendimentos de 10% sobre R$ 32 milhões investidos por ele
Ex-jogador de futebol e ídolo no Ceará, Magno Alves, também com passagens por Criciúma-SC, Atlético-MG, Fluminense-RJ e Sport-PE, foi vítima de golpe financeiro depois que resolveu investir cerca de R$ 32 milhões na Braiscompany, empresa de criptomoedas. O caso está sendo investigado pelo MP (Ministério Público) por crimes contra o sistema financeiro e a companhia teve o patrimônio bloqueado pela Justiça no mesmo valor devido ao ex-atleta.
O agora aposentado Magno Alves, 47 anos, havia se tornado investidor da empresa em fevereiro de 2021, época em que ainda atuava pelo Caucaia, equipe do Ceará, com a promessa de que, por mês, embolsaria 10% de rendimento, e a devolução do montante investido ao fim de 12 meses. O total exato de investimento feito pelo ex-jogador é de R$ 32.031,22, distribuídos em 33 contratos, no período entre o início da operação, em março de 2021, e janeiro deste ano.
Magnata, apelido da época em que atuava, é apenas uma das vítimas Braiscompany e agora quer o bloqueio de todo e qualquer ativo de criptomoeda sob guarda da empresa. De acordo com o MP, outras 1.850 pessoas teriam investido na empresa, com montante que pode chegar a cerca de R$ 1,1 bilhão.
Conforme o processo, a estratégia da empresa era buscar novos clientes para, com os investimentos, quitar os investidores que já faziam parte de sua carteira, o que se caracteriza a famigerada “pirâmide financeira”. No total, foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão, em três municípios, quais sejam, São Paulo, Campina Grande e João Pessoa, ambas na Paraíba.
Em seu site, a Braiscompany diz que conquistou relevância no mercado de criptomoedas “seguindo as boas práticas corporativas no relacionamento com nossos clientes, colaboradores e parceiros e em toda sociedade”. A companhia tem unidades em São Paulo; Campina grande, João Pessoa, Monteiro e Cuité, todas na Paraíba; Fortaleza, no Ceará; e Recife, no Pernambuco.
